terça-feira, 23 de junho de 2009

O cinema nos dias de hoje


Os filmes se tornaram mais desgastantes e menos prazerosos a meu ver, digo isso pela falta de proposta à reflexão. Mesmo ao saber que o cinema é produto da indústria cultural, não convêm análises superficiais e desinteressadas, o entretenimento por lucratividade, puro e simples. Como “romântico”, em variadas sessões, tenho recebido bem menos do que procuro nas salas de cinema.


Os filmes chamados “hollywoodianos” são previsíveis, estão exageradamente cheios de efeitos especiais. Em alguns se percebe  uma ou outra proposta relevante, mas ainda modesta. Creio que em parte o baixo nível de conteúdo deve-se  ao fato  dos filmes serem produzidos em escala industrial e na mesma velocidade, as estréias.

Hoje vejo sentido na teoria dos integrantes da escola de Frankfurt, em 1924. Quando classificavam a Indústria Cultural incapaz de produzir valor estético. Walter Benjamim ou Carlo Grünberg compartilhavam dessa idéia. Já Herbet Marcuse, também da escola de Frankfurt, dizia que com objetivo revolucionário, todo trabalho estético pode se tornar artístico.

Além dos avanços tecnológicos, não resta muito de inovador no cinema atual. O vanguardismo sucumbiu. A maior parte do que é produzido, não foge dos dramas amorosos ou da violência excessiva, tudo para prender a atenção do espectador. Fica a pergunta: quando o ponto chave do filme será a reflexão sobre a mensagem? Por isso que, O Cidadão Kane, de Orson Welles, ainda é novidade para nosso tempo

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