terça-feira, 29 de julho de 2008

Quase Uma Sinopse...



Na semana passada por problemas de saúde, estive de molho por algum tempo. Por esse motivo à opção foi assistir TV. Pois bem, minha namorada Samadi e eu, para minimizar o molho em que estávamos, por companheirismo ela também foi obrigada há participar, resolvemos então pegar um típico filme Hollywoodiano. Pensamos em um com efeitos especiais, piadas manjadas e toques de sensualidade, só para entreter. O escolhido foi: Click, que já havíamos desistido de vê-lo no cinema, mas veio a calhar naquele momento.


Uma rápida sinopse do filme: "Michael Newman (Adam Sandler) é um arquiteto que descobre um controle remoto universal. Em vez de controlar objetos eletrônicos, o aparelho é capaz de controlar as situações em sua vida. Os problemas acontecem quando o objeto começa a controlar também as escolhas de Michael". Com a pipoca em mãos começamos a assistir, a princípio era o que nós esperávamos, porém, com o desenrolar da comédia percebemos no filme uma abordagem profunda nas questões familiares e  existencialista.


Fiquei surpreso pelo fato de Michael comprar o tal controle remoto para facilitar sua vida, porém ele percebe que o real valor da vida está nos pequenos "transtornos" do cotidiano. Com aquele controle remoto foi possível acelerar sua vida e visualizar essas coisas, e é nesse ponto que o filme me marcou. Porque enquanto o personagem se preocupava com a promoção no emprego, por outro lado à relação com a família estava se desgastando. Tanto o Michael quando todos nós, sempre estamos acelerando nossas vidas, seja por causa dos diversos compromissos que nos propomos há realizar, ou até mesmo objetivos de futuro que perseguimos.


Futuro que não sabemos quando chegará, e dessa forma; os dias, meses e anos passam e acabam rápidos sem percebermos. Transformamos os momentos de "lazer” (quero dizer, viver mesmo!) num curto lembrete dentro da agenda, com dia, hora e até minuto para terminar, brincar com os filhos ou animal de estimação... não dá tempo! Justamente o que nos dar prazer?! Será que é certo isso?! As relações se tornam distantes, robóticas, rotineiras... Acho que assim a vida perde seu sentido.


Os filhos crescem, o casamento acaba, e as frustrações aparecem. Os sonhos profissionais podem até acontecer, mas não como imaginávamos. Acabamos descobrindo na velhice que são as pequenas coisas que valeram a pena de verdade. O choque só é sentido, quando em depressão lembramos de ausência do afeto, das brincadeiras, da alegria de fato. É uma pena mesmo, sentimos muito por não poder voltar atrás e fazer diferente. Aqueles que dizem não se arrependem do que fizeram, caso não estejam mentindo, gozaram da forma certa a vida e com certeza as lembranças deles serão menos vazias e amarguradas.


De forma análoga eu recomendo: Mude, clique no pause do controle remoto da sua vida. Tenho certeza que dias melhores virão. Mais uma vez, agradeço você pela paciência em ler essa crônica até o fim, e prometo que nos próximos textos irei tratar mais de Política. Até a próxima!

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