quinta-feira, 5 de março de 2009

Um exemplo a ser seguido

Após meses sem postar uma única linha neste blog, hoje, retomo as atividades.


Fui convidado a assistir uma palestra no sindicato dos jornalistas e, para minha surpresa, o palestrante era de um gigants na área: Kotscho (o Ricardinho, como é chamado pelo presidente Lula).



Localizado em um prédio próximo à igreja da Consolação. O sindicato dos jornalistas foi o palco da ilustre figura de Ricardo Kotscho. Confesso que antes, nunca havia pisado naquele local.

Por volta das dez horas da manhã ele chegou com algumas pessoas. Com semblante tímido, e de olhar levemente inclinada baixo, parecia estar tomado de vergonha. Sentou-se, e antes de ser apresentado pelo mediador da palestra, mal levantava os olhos para visualizar a platéia. Com um texto em mãos, que havia escrito no dia anterior ao evento, abordou assuntos e impressões sobre sua vida e carreira. Afinal, são mais de quarenta anos na profissão, trabalhou em quase todos os grandes veículos de comunicação do país e, confessou que sente orgulha de não ter trabalhado em um veículo apenas, a revista Veja.


 O mais importante foi analisar o seu comportamento, e isso foi razoavelmente fácil. Tarefa difícil viria ao final do evento. Todos queriam dar uma palavrinha com ele, quando consegui me aproximar. Senti um pouco de receio, talvez nervosismo. Pus minha mão sobre seu ombro direito e o perguntei algo. Com simpatia e paciência, Kotscho me respondeu prontamente e com todos que se aproximavam.

Ser educado e atencioso não é regra em pessoas públicas, pelo contrário, o preciosismo aliado egocentrismo exacerbado já me causaram algumas decepções, mas com o repórter Ricardo Kotscho foi diferente.

Para mim, ele representa o “jornalismo humanista”- significa que traz o assunto ordinário ao âmbito do extraordinário-, não que tenha o poder de transformação das coisas, apenas mostra que tudo merece atenção e consideração. Essa é minha impressão sobre seu trabalho: um grande contador de histórias reais, uma lenda viva do jornalismo.

Eliane Brum disse em entrevista uma vez: "Se tu não tens um ideal, é melhor não seres jornalista”, concordo com a colocação. Tanto Brum quanto Kotscho, possuem um ideal de vida. E, fazem do texto jornalístico a arma da transformação do mundo pragmático e insensível de hoje.

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