sábado, 12 de julho de 2008

Uma Ilha cercada por tubarões



Uma pequena ilha no Caribe é muito observada por boa parte do Mundo, e é meu assunto desse post. Hoje escuto de colegas dizer; "lá não existe liberdade de expressão, os cidadãos vivem na miséria de uma ditadura com mais de 40 anos, e aqueles que discordam do regime político são fuzilados". Acho que com essas dicas ficou fácil saber de que país me refiro, certo?!


Nas aulas de geopolítica sempre tive informações vagas sobre Cuba, meus professores tratavam de Revolução Francesa, da Inglesa, da Russa, mas dessa pequenina ilha quase nunca. Talvez a explicação esteja ligada a insignificância dada a essa ilha por seu tamanho ou importância relações internacionais. O fato é que poucos se referem à revolução cubana como um marco para obtenção da dignidade humana nas populações de Terceiro Mundo. Que baseados nas expirações libertárias de José Martí, um pensador importante na concepção revolucionário cubano, cuja ideologia foi marcada pela Educação como forma de libertação dos povos, que fundamentou o processo da revolução daquele país.


Poucos sabem, mas uma das primeiras atitudes do governo revolucionário de Cuba foi eliminar o analfabetismo na ilha, objetivo alcançado com apenas um ano da revolução. Vejo alguns defenderem o direito à propriedade como critério de manutenção da democracia institucional, mas por outro lado não é levado em conta a situação desumana em que os povos são submetidos a suportar para manter os privilégios de poucos capitalistas. Um conceito fundamental da Democracia é a participação dos indivíduos nas decisões e o rumo da sociedade, não é isso que ocorre em Cuba é verdade, mas em que nação capitalista isso é realidade?


Acho que é necessário que em cada nação ocorra uma discussão aberta sobre o rumo do país. Cuba fez isso, a população participou e apoio às mudanças, apesar dos erros cometidos pelo Estado cubano, mas também é verdade que os direitos sociais são defendidos como prioridade. Penso que o estado de pobreza que Cuba enfrenta é fruto da situação excludente que por décadas é submetida. O fato é que o resto do planeta segue uma doutrina injusta e gananciosa da cartilha neoliberal. Isso não tem nada haver com liberdade ou direitos, o "eixo do mal" é definido meramente pela discordância à submissão imposta pelo imperialismo globalizada.


Antes mesmo de aceitarmos a Globalização como unanimidade, deveríamos defender nossa cultura e valores regionais, só dessa forma teríamos personalidade para definir o caminho a seguir.


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