sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Pão, água e TV

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São muitos os ídolos, maiores ainda são as legiões de fãs. No Brasil os 190 milhões de cidadãos, quase 50% sonharam ou sonham com um futuro próspero como jogador de futebol. Afinal, ser famoso, ganhar muito dinheiro e notoriedade pública é o que eles querem. Incentivados, garotos obcecados pelo sucesso, almejam sonhos que a mídia ajuda a construir. Mas a estatística é cruel, esses sonhos se desfazem com o tempo.

A maioria esmagadora, no futuro, terão ocupações bem diferentes: talvez como cobrador de ônibus, operador de telemarketing, borracheiro, pedreiro. Um ciclo vicioso, que beneficia apenas a cartolagem, empresários e a própria mídia. Este último, tem um papel fundamentas na manutenção dessa realidade, usa o entretenimento como ferramenta da alienação.

A Rede Globo de Televisão tem transmitido os maiores eventos e jogos da Serie A do Brasileirão, inclusive o do Corinthians, time que possui uma das maiores torcidas do país. E com isso, a emissora pretende monopolizar a audiência da TV pública brasileiro e, assim , elevar seus pontos no IBOPE e faturar com anunciantes na sua programação. 

Definido por Marilena Chauí o segundo poder, a Mídia, em especial a TV, é omissa às necessidades essenciais do sociedade, como o direito ao protesto, à subsistência e à pluralidade de opiniões. Atribui importância desnecessária ao futebol, ao sensacionalismo, à opinião única e às questões econômicas.

Como em outros tantos setores, a população “assiste” passivamente estes grupos empresarias monopolizarem a economia, política e cultural do país. Mas, não é por acaso que o registro de nascimento de uma empresa chama-se Contrato Social, indica que ela tem função social e responsabilidade social também.

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